sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

LONGEVIDADE PRECISA DISCUTIR MORAL E ÉTICA

Poluição, transporte, acesso à rede pública de saúde, alimentação com qualidade, acesso à habitação digna, saneamento básico e mais 73 itens, além dos avanços na Ciência e na Medicina, tem sido, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS - determinante para o aumento da expectativa de vida. Mas o envelhecimento se tornou um desafio para os governos que precisam repensar conceitos que respeitem esse novo tempo de vida com as suas limitações. Leia mais...


- O avanço das Ciências Biológicas, da Biomedicina, traz consigo provocações importantes, embora despercebidas – alerta Paulo Alexandre Malafaia, doutor em Filosofia e professor do Colégio Pedro II. Ele lembra as preocupações do filósofo alemão, Hans Jonas, em seu livro “Ética, medicina e técnica” (1993) para construir a visão real que o aumento da longevidade humana precisa ter.
Hans preconizou as responsabilidades com as experiências de refrabricação humana principalmente nos campos da moral e da ética que precisariam de novos critérios e enquadramentos sociais.

No Brasil a média de longevidade deverá estar em 78 anos, até 2040 e o baixo índice de natalidade projetada pela família moderna prenuncia um país de velhos tornando, por isso, imperioso que se comecem estudos sobre adaptações para essa nova forma de sociedade.

Além das mudanças que sofrerão pensões e aposentadorias e nas dinâmicas familiares, existe a necessidade de um novo perfil social para vovôs e vovós irrequietos, sentindo-se ser úteis e produtivos.

A criação de novas políticas públicas e mudanças nas relações sociais para atender a essa população além de urgente é complexa. Idosos precisam ser respeitados em seus limites para que sejam aproveitadas suas experiências e sabedoria de vida.

Os governos, sem ter ainda real noção da problemática que se desenha - e em Niterói não é diferente – se lançam em soluções midiáticas de programas de cantos e danças, conseguindo enxergar apenas prosas e versos onde uma dramaturgia trágica já se encontra instalada.

A Cidade do Envelhecimento Saudável precisa gritar e chamar a atenção de autoridades responsáveis em todos os setores envolvidos nessa problemática, para sair na frente nessa corrida inversa. Agora o município é que corre contra o tempo na busca de se adaptar para receber com respeito essa nova população, a de velhos mais velhos.

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