sábado, 26 de janeiro de 2019

TRANSCUIDADORXS: MERCADO DE TRABALHO LGBT


A profissão que mais cresce no Brasil, a de Cuidador de Idoso, está recebendo um novo publico o de LGBT. A iniciativa é do Instituto Amazonas que logo que anunciou o projeto em São Paulo lotou a primeira turma e viu o número de interessados ultrapassarem o de vagas disponíveis. O curso totalmente gratuito e voltado para pessoas trans, transexuais e travestis, abre uma nova realidade para idosos gays que sofrem duplo estigma, pela idade e pela opção sexual que fazem. Leia mais...

Os cuidados especializados é uma das principais dificuldades de idosos que não dispõem de recursos financeiros suficientes e o aumento de profissionais dessa área é para eles a esperança que as pretensões salariais se adequem a sua realidade.

A iniciativa, segundo o diretor e coordenador do projeto, Madson Douglas Ribeiro Sousa, remete a duas realidades: o envelhecimento populacional crescente no país e no mundo, que demanda mais profissionais especializados em cuidados de pessoas idosas, e a população trans, que carece de oportunidades no mercado de trabalho devido à transfobia.

O Instituto Amazônia defende a diversidade humana com respeito a todos e principalmente às diferenças, e tem valores éticos e de solidariedade como base para todo o trabalho desenvolvido.

A empresa se destaca por ser uma clínica de estética que alia a mais moderna tecnologia com os benefícios vindos de produtos extraídos da Floresta Amazônica e o seu conceito de responsabilidade social baseia-se no fato de que as empresas, de forma voluntária, adotam medidas que contribuem para o desenvolvimento sustentável da sociedade na qual estão inseridas.

Embora possa ser festejada pelos idosos em geral, a expectativa desses novos profissionais no mercado principalmente contempla um segmento diferenciado, os homossexuais que estão na terceira idade. O tema Velhice vem ganhando a cada dia mais naturalidade nas conversas a partir do aumento de longevos, mas nesse grupo ainda é quase tabu.

A atuação dessa nova característica de cuidadores certamente ajudará nos desafios da forma física e da saúde, da necessidade de amparo, nas conseqüências da solidão e na falta de políticas públicas específicas. Homossexuais cuidando de homossexuais pode ser uma dinâmica que diminua o drama das experiências desse grupo que viveu uma vida de repressão severa, agora sendo cuidado por pessoas identificadas com o grupo, mas de uma geração que experimenta tempos de identidade de gênero e liberdade de orientação sexual.

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