Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito mostra que 70% dos idosos recebem benefício do INSS, que boa parte voltou a ter que sustentar o lar e que 21% deles continuam trabalhando porque o dinheiro não consegue pagar as contas. Crise, remédios caros, consignados, empréstimos para parentes e a Geração Nem-Nem contribuem para corroer a aposentadoria. Leia mais...
Com a crise econômica que ainda afeta o bolso dos consumidores e o aumento do desemprego entre a população jovem, em muitos lares os idosos acabam sendo a principal fonte de renda. Um levantamento realizado em todas as capitais pela CNDL e pelo SPC Brasil revela que 43% dos brasileiros acima de 60 anos são os principais responsáveis pelo pagamento de contas e despesas da casa - o percentual é ainda maior (53%) entre os homens.
De modo geral, 91% dos idosos no Brasil contribuem com o orçamento da residência, sendo que em 25% dos casos colaboram com a mesma quantia que os demais membros da família. Os idosos, no entanto, enfrentam o preconceito e têm mais dificuldades para continuar no mercado de trabalho. Segundo o SPC, 43% tiveram dificuldades para conseguir uma vaga, por causa da idade avançada, apesar das experiências que mostra a responsabilidade, o comprometimento e a pontualidade de idosos que retornaram ao mercado de trabalho.
Não bastasse isso tudo os idosos ainda se vêem frente a outras dificuldades, como o endividamento – são mais de cinco milhões deles endividados – adquirido com o chamado crédito fácil, com desconto em folha.
Empréstimos, utilização de cartão de crédito ou ainda "emprestar o nome" para parentes e amigos são as causas mais freqüentes e se dão em boa parte por iniciativa do próprio idoso, penalizado com a situação de terceiros. Há quem pense, também, que essa caridade na verdade esconde o medo do idoso, de um dia vir a ser desamparado e também precisar desses que agora ajuda.
Concorre ainda para a degradação econômica dos idosos o surgimento da Geração Nem-Nem, que nem estuda, nem trabalha e nem procura emprego. São filhos que deixam as suas responsabilidades pessoais para os pais e avós. Da casa, comida, roupa lavada e passada, plano de saúde e previdência, até a manutenção pessoal, passando muitas vezes até pelas despesas com filhos de casamentos desfeitos, são as características dessa população parasita.
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