quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

ESTAR ATENTO É A ARTE DE ENVELHECER BEM

Voltada para a saúde mental do idoso, a psicogeriatria ou gerontopsiquiatria, uma subespecialidade da psiquiatria, dedica-se aos aspectos psicológicos e psicopatológicos que surgem com o envelhecimento. Queixas sistemáticas, dores físicas, falhas de memória, indisposição nas atividades do dia e encarados como normal nem sempre é verdade Doenças mentais como depressão e ansiedade podem não apresentar seus sintomas clássicos, como a melancolia/ tristeza. Leia mais...

Para o psiquiatra André Gordilho, da Holister, uma clínica especializada em saúde mental, envelhecer é um processo natural, e com ele há algumas perdas funcionais. Já o envelhecimento com a presença de doenças foge do padrão de desgaste do corpo de maneira saudável e requer cuidados. Gordilho destaca que o idoso sadio é participativo, tem uma vida social ativa e funcional dentro de uma limitação natural, de acordo com a idade.

Para ele, também, uma boa avaliação profissional é imprescindível na identificação dos sintomas psiquiátricos na terceira idade, que apresentam peculiaridades em relação ao adulto jovem. É necessário ter uma atenção especial com o declínio cognitivo – presente em quadros demenciais (doença de Alzheimer, demência mista e outras), mas também em diversas outras patologias  –  que muitas vezes podem cursar com sintomas depressivos, assim como os quadros depressivos podem cursar predominantemente com comprometimento cognitivo.

“É importante estar atento, buscar uma boa avaliação clínica associada a exames complementares (hematológicos, bioquímicos e de imagem) e realizar testes neuropsicológicos, o que ajuda muito no diagnóstico precoce, na prevenção e na manutenção da saúde e bem-estar do idoso”, ressalta o psiquiatra.

A Holister mantém o Núcleo da Terceira Idade, um projeto voltado especialmente para os idosos, com ambientes adaptados, além de uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras, psicólogos, terapeuta ocupacional, musicoterapeuta, arteterapeuta, educador físico, fisioterapeuta, nutricionistas e enfermeiros. A terapeuta ocupacional, Michelle Campos,  é a responsável pelo núcleo, e ela, lembrando o seu colega André Gordilho, destaca que o estímulo cognitivo e algumas atitudes são determinantes no processo de envelhecimento saudável e na recuperação do paciente idoso.

- É necessário ressignificar o passado e manter-se no presente, com o cérebro ativo para reduzir ao máximo o déficit cognitivo. Ler muito, assistir filmes, planejar novas metas, ainda que esteja no auge dos 80 anos. O idoso pode e deve gerir sua própria vida, ser produtivo, capaz de realizar as atividades do dia a dia com maior disposição, praticar atividade física e, sobretudo, manter um vínculo social, afetivo e familiar ativo”, conclui.

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