sexta-feira, 29 de março de 2019

A VELHA E BOA ASPIRINA NÃO TRAZ BOAS NOVAS


A velha história de que a Aspirina, utilizada desde o tempo da vovó, evita ataque cardíaco, não bate mais. Novos estudos demonstraram que não há benefícios nessa forma de medicação para idosos sadios e, ao contrário, coloca em risco a saúde, colocando-os sujeitos a hemorragias, conforme comprovou recentemente uma pesquisa conjunta feita por cientistas australianos e americanos...


O professor da Universidade de São Paulo (USP), Octávio Pontes Neto falou recentemente sobre uso de aspirina, reconhecida na prevenção de novos eventos para quem já teve infarto ou acidente vascular cerebral e que se beneficia com o uso de aspirina,  lembrando, contudo, que ainda é controverso o uso de aspirina diária por idosos saudáveis, que nunca tiveram infarto ou AVC,

Octávio comentou um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, de pesquisadores australianos e norte-americanos, que avaliaram mais de 19 mil idosos acima de 65 anos, seguidos durante quatro anos.  Foram pacientes acompanhados durante anos e avaliados sobre o desenvolvimento de eventos cardiovasculares, como infarto, demência, AVC ou incapacidade.

O estudo não mostrou benefício no uso de aspirina na redução da doença cardiovascular nos pacientes sem o AVC prévio, e o grupo de doentes que recebeu aspirina diariamente teve taxa maior de hemorragias importantes, como digestiva e intracraniana. 

Para Pontes Neto, o uso indiscriminado de aspirina na prevenção primária não deve ser recomendado porque não reduz a incidência de eventos cardiovasculares importantes e aumenta o risco de sangramento nessa população.

“Apesar de poder salvar vidas em caso de suspeita de infarto, não é recomendado ácido acetilsalicílico para prevenção primária, ou seja, para evitar o surgimento de eventos cardiovasculares” recomenda o popular médico Drauzio Varella em seu site, em um texto datado de 2014 e revisado agora, citando também o parecer da agência americana que regula alimentos e medicamentos (FDA – Food and Drug Administration), com respeito da prevenção primária com Aspirina.


VALE A PENA SABER

A Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas convocou estudantes e profissionais da área jurídica e médica em torno de questões relacionadas ao chamado Direito Médico para o Encontro Amazonas de Direito Médico - Autonomia do paciente em fim de vida, onde se discutiria Distanásia, relação médico-paciente, terminalidade de vida, escolhas do paciente terminal e testamento vital.

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