sexta-feira, 29 de março de 2019

LONGEVIDADE REQUER INTEGRAÇÃO DA SAÚDE


“Precisamos pensar na perspectiva de rede e ter diálogo entre as diferentes áreas. O profissional da saúde precisa se comunicar com o da assistência social. Nem todas as pessoas que estão na rede têm conhecimento dos serviços oferecidos”. A observação é da doutora Rosane Bernardete Brochier Kist, palestrante da 1ª Conferência Municipal da Pessoa Idosa realizada em Venâncio Aires (RS)...


“Se você tem uns 20, 30 anos, pode achar que o tema desta matéria não interessa, afinal, faltam algumas décadas para se tornar um idoso. Agora, para quem está prestes a chegar na chamada 'terceira idade' ou já integra esta faixa etária, a preocupação em ter uma velhice saudável e com direitos assegurados são prioridades” observou Rosane, doutora em Serviço Social e pós-doutora em Desenvolvimento Regional.

Para ela, de acordo com a repórter Letícia Wacholz, do jornal Folha do Mate,  refletir e colocar em práticas ações em prol da população idosa é um desafio para toda a sociedade. Integrante do Conselho Estadual do Idoso, a profissional que possui pesquisas sobre o envelhecimento e as políticas executadas garante que a dificuldade de tratar sobre o envelhecimento é uma carência que não se restringe aos familiares, mas envolve os próprios profissionais de saúde e assistência social. 

“Antes de tudo precisamos preparar os nossos profissionais e compreender o nosso território, os desafios e o papel das políticas públicas onde vivemos” observou, concluindo ressaltando a necessidade de pensar na perspectiva de rede e ter diálogo entre as diferentes áreas. 

- O profissional da saúde precisa se comunicar com o da assistência social. Nem todas as pessoas que estão na rede têm conhecimento dos serviços oferecidos – salientou.

A doutora destacou o envelhecimento ativo proporcionado pelas expectativas mais longevas para lembrar que não falava somente da atividade física, mas de vários fatores. Para ela, esse tema deve ser abraçado pelos gestores públicos com a participação da sociedade. 

Um dos projetos elogiados por ela é o Centro Dia, popularmente chamado de Creche do Idoso, uma unidade pública especializada em serviços para pessoas idosas, que lembrou haver muito na Espanha e que não infantilizando o idoso é alternativa para as famílias que muitas vezes não têm um responsável disponível durante o dia para cuidar e acompanhar um familiar mais velho. “É uma pessoa que já viveu bastante, tem experiência e está em outra fase. Ele não é criança” ressaltou.

Melhor idade e terceira idade são termos utilizados para definir as pessoas idosas. No entanto, ambos merecem uma reflexão, segundo Rosane. Para ela, também, o termo melhor idade nem sempre é o mais adequado porque apesar de muitas pessoas terem uma vida mais tranquila nesta fase, existem as limitações naturais da idade.

E sobre terceira idade, ela observa que muitos autores e pesquisadores vêm disseminando o conceito de quarta idade, que compreende todas as pessoas partir dos 80 anos.


VALE A PENA SABER

A Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas convocou estudantes e profissionais da área jurídica e médica em torno de questões relacionadas ao chamado Direito Médico para o Encontro Amazonas de Direito Médico - Autonomia do paciente em fim de vida, onde se discutiria Distanásia, relação médico-paciente, terminalidade de vida, escolhas do paciente terminal e testamento vital.

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