segunda-feira, 15 de abril de 2019

ESTÍMULO ELÉTRICO AJUDA O USO DA MEMÓRIA


Neurocientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos afirmaram no princípio do mês que a diminuição da memória causada pelo envelhecimento pode ser revertida por meio de estimulo elétrico no cérebro. O anúncio cria expectativa principalmente no tratamento e cura do Alzheimer, doença degenerativa cujos sintomas geralmente aparecem após os 60 anos...



O estudo observou pessoas com idades entre 20 e 29 anos e outras com idades entre 60 e 76 anos durante a realização de uma tarefa de memória de trabalho, conforme publicado na Revista Nature Medicine. O grupo dos mais velhos foi mais lento e menos preciso nos testes e foi então submetido a 25 minutos de estimulação cerebral visando sincronizar as duas regiões cerebrais alvo, passando pulsos suaves de eletricidade através do couro cabeludo e do cérebro.

“Após a intervenção, a memória de trabalho - sistema cerebral que guarda informações por curtos períodos - nos idosos melhorou, chegando a se igualar a do grupo mais jovem e o efeito pareceu durar 50 minutos após a estimulação. Aqueles que tiveram o pior resultado inicial mostraram as maiores melhorias” se revelou.

A memória de trabalho é conhecida por diminuir naturalmente com o envelhecimento, mesmo na ausência de qualquer forma de demência. Segundo a ciência, isso se dá por desconexão entre duas redes cerebrais, chamada de regiões pré-frontal e temporal.

Na juventude essa atividade é sincronizada ritmicamente, permitindo informações trocadas entre as duas áreas do cérebro. Nas pessoas mais velhas a atividade tende a ser menos sincronizada, podendo resultar na deterioração das conexões nervosas.

Embora o otimismo do cientista Robert Reinhart, líder do trabalho, a comunidade científica já se manifestou e o professor Robert Howard, professor de psiquiatria de idosos na University College London, ponderou que as melhorias observadas ainda precisam de validação em um universo maior.

A revista Nature Medicine publicou, também no início do ano, importante trabalho coordenado pela neurocientista do Instituto de Bioquímica Medica da UFRJ Fernanda De Felice. Ela e sua equipe identificaram que a Irisina, um hormônio produzido pelos músculos durante a prática de exercícios, protege o cérebro e pode ajudar a prevenir e até mesmo reverter ou estacionar os sintomas da doença em camundongos que são modelos da Doença de Alzheimer.


VALE A PENA SABER

Estudo científico desenvolvido pelas alunas Letícia Staroski Machado e Letícia Costa de Oliveira, do curso de Direito do Centro Universitário Uninter constatou que, em média, quatro idosos são maltratados por hora no Brasil.

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