segunda-feira, 22 de abril de 2019

SÃO MAIS APOSENTADOS QUE TRABALHADORES

Um Levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), a pedido do jornal O Globo, envolvendo os aposentados parece concorrer para reforçar a pretensão do governo em promover reforma na Previdência: uma em cada três cidades brasileiras já tem mais aposentados do INSS que trabalhadores com carteira assinada, que contribuem para o Regime Geral da Previdência Social.  Retorno de idosos e êxodo de jovens que buscam empregos fora também desequilibra a economia ...

Segundo os jornalistas Daiane Costa e Henrique Gomes Batista essa era a realidade de 1.874 cidades, 33% dos 5.570 municípios do país, no ano passado de acordo com dados de relatórios da Secretaria da Previdência e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Especialistas ouvidos pelo jornal avaliaram que esses números além de evidenciar falta de dinamismo econômico das pequenas cidades, que convivem com alta informalidade — com trabalhadores que não contribuem para a Previdência — reforçam a preocupação com as aposentadorias.

 “Você não sustenta uma economia com base na transferência de renda em aposentadoria. Há um lado bom, que é o benefício reduzir a pobreza e garantir renda básica, mas isso é insustentável em longo prazo” disse o demógrafo José Eustáquio Alves, ouvido pelo O Globo.

Carlos Eugenio de Carvalho Ferreira, chefe da Divisão de Projeções Populacionais da Fundação Seade, vinculada à Secretaria de Governo do estado de São Paulo, centro de referência nacional na produção e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas, também opinou na reportagem.

Ele chamou a atenção sobre a tendência da combinação de êxodo de jovens em busca de oportunidades, retorno de idosos que procura segurança e qualidade de vida, alta informalidade da economia e criação de “cidades-dormitórios”.

Para Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, também citado na reportagem, a aprovação da reforma da Previdência redução da alíquota de contribuição dos trabalhadores formais liberaria mais recursos para o consumo. Mas segundo ele, também, com o aumento da idade mínima o trabalhador ficaria mais tempo na ativa e demoraria mais para acessar os benefícios.

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